sábado, 28 de fevereiro de 2015

“Ligado na TV”: Novo “Gugu” comprova grande equívoco da programação da Record

Gugu Liberato na festa de lançamento da programação 2015
Depois de um tempo afastado da TV e de muita especulação, o apresentador Gugu Liberato retornou à Record e estreou seu novo programa na emissora na noite desta quarta-feira (25). Neste novo momento de sua carreira, Gugu comandará seu programa três vezes por semana – terças, quartas e quintas-feiras, sempre com edições ao vivo.

A divulgação, para variar em se tratando de Record, foi maciça ao longo dos dias que antecederam esta tão aguardada estreia. A emissora fez questão de colocar a famosa música do “pintinho amarelinho” e mostrar que o novo programa traria quadros e elementos clássicos, tais como o ‘Reencontro’, ‘Táxi do Gugu’, ‘Bichos talentosos’, e os que pudemos ver na estreia, como a ligação telefônica que ganha prêmios e a localização de uma nota de um real específica.
O fato é que o novo “Gugu” comprova um grande equívoco da programação da Record. A emissora dos bispos destina muito mais tempo do que deveria para sua área de maior destaque, o jornalismo. É incrível como mesmo os programas classificados como sendo de entretenimento, como o “Hoje em Dia”, ainda se voltam muito para tal área.

É exatamente o que promete a nova atração de “Gugu”, que tem no jornalismo um suporte muito grande. A própria estreia já cumpriu a promessa da emissora, na qual o maior destaque (em todos os sentidos) foi a entrevista com a presidiária Suzane von Richthofen, que há quase dez anos não falava com a imprensa.

Gugu entrevistou Suzane von Richthofen na prisão 
Vamos analisar, por exemplo, a grade de ontem: “Balanço Geral Manhã”, “SP no Ar”, “Fala Brasil”, “Hoje em Dia”, “Balanço Geral SP”, “Programa da Tarde”, “Cidade Alerta”, “Jornal da Record”, “Vitória”, “Gugu”, “Câmera Record” e “Igreja Universal do Reino de Deus”. Das 12 atrações exibidas, 6 apresentam exclusivamente conteúdo jornalístico, 4 mesclam entretenimento/jornalismo/informação e apenas 2 não possuem linha jornalística em suas composições.

Não devem ser tirados os méritos e o sucesso da emissora com a área, entretanto, é uma situação que precisa ser avaliada pela direção do canal. Nem só de jornalismo se constrói uma programação de qualidade, tendo em vista que várias áreas estão envolvidas e precisam ser contempladas, visando agradar todos os públicos possíveis. A fórmula não é ser boa em partes, mas sim no todo.

Do Ligado na TV, Danilo Júnior

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