Enquanto Globo e Record investem mais em programação ao vivo, o SBT parece preferir um outro rumo mais barato.
A emissora que briga com a Record pelo segundo lugar em audiência na TV aberta possui atualmente cerca de 90 horas semanais de produção enlatada. Entenda-se por isso: séries e desenhos americanos, novelas mexicanas e o pacote eterno de “Chaves” e “Chapolín”.
De acordo com a jornalista Keila Jimenez, do jornal “Folha de S. Paulo”, cerca de 50% dessas 90 horas são produções mexicanas e 25% do total são destinadas ao “Chaves”.
O número impressiona se comparado ao de atrações produzidas pelo próprio canal: cerca de 78h semanais.
Mesmo com menos investimento em produção local, o SBT vence a Record à tarde e de madrugada, quando está loteado de produções internacionais.
Em janeiro, do meio-dia às 18h, a rede de Silvio Santos marcou média de 5,7 pontos, ante 4,9 da Record. Nessa faixa está a plateia cativa de folhetins mexicanos como “Esmeralda” (2004), “Sotilégio” (2009) e “A Feia Mais Bela” (2006). Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande São Paulo.
Tomada por religiosos na madrugada, a Record registrou 1.5 pontos na faixa em janeiro, ante 2.7 do SBT. Na faixa noturna, Record marcou 7.0 pontos e o SBT, 6.6. Empate técnico na vice-liderança.
Já pela manhã, a Record ficou com média de 3.4 pontos, ante 3.1 do SBT. Outro empate técnico. Na média das 24 horas, o SBT derrotou a Record por 4.5 a 4.2.
Informações de Hialley Gouveia, Bastidores da TV
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